«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

GUSTAVE FLAUBERT (1821-1880)


Gustave Flaubert, escritor francês e um dos maiores escritores ocidentais.
Filho de um médico, cresceu no hospital, onde seu pai era cirurgião-chefe. Após ter reprovado nos exames de direito na Universidade de Paris, começou em 1843 a escrever romances.
Em 1840, como prémio por ter concluído os estudos secundários, ganhou uma viagem para os montes Pirineus e para a ilha de Córsega. Ao passar por Marselha, namorou com Eulália Foucaud de Langlade. O idílio foi inspiração para a sua obra, A Educação Sentimental. Entre 1849 e 1851, o autor viajou para a África, onde colheu informações para Salambô, sobre a queda de Cartago. Salambô é uma reconstituição da civilização Cartaginense na época das guerras púnicas. Veio-lhe a ideia dessa obra, após a visita às ruínas de Cartago.
Resultado de cinco anos de trabalho, o seu romance de estreia, Madame Bovary, é uma dura depreciação dos valores burgueses. Segundo alguns críticos conservadores, Flaubert ridicularizou a sua própria condição social.
Flaubert foi um dos mestres do Realismo, movimento estético de reacção ao Romantismo europeu no século XIX, influenciado pelas teorias científicas, a Revolução Industrial e a linha filosófica de Augusto Comte. O escritor levou à perfeição o ideal do romance realista, harmonizando a arte e a realidade. A sua obra caracteriza-se pelo cuidado na sintaxe, na escolha do vocabulário e na estrutura do enredo.
Em 1866, recebeu a Legião de Honra do governo francês. Pouco antes da sua morte, vendeu propriedades, para evitar a falência do marido da sua sobrinha. Passou a viver de um salário, como conservador da Biblioteca Mazarine.

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