«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ELFRIEDE JELINEK (1946-)


Elfriede Jelinek - escritora, dramaturga e activista feminista austriaca.
Nasceu na Áustria. O seu pai era judeu checo e a mãe vienense. Foi militante do Partido Comunista de 1974 a 1991 e a maior parte do seu trabalho, pode inscrever-se na crítica social. Desde muito joven aprendeu música e estudou composição no Conservatório de Música de Viena. Depois de concluir estes cursos, fez cursos de teatro e de História de Arte.
Aclamada e controversa, a sua prosa e poesía, incluem descrições de cenas teatrais e fílmicas. Foi a décima mulher, que ganhou o Prémio Nobel em 2004 e também a primeira de nacionalidade austríaca. O Prémio foi-lhe dado:
"Pelo fluxo musical de vozes e contra-vozes em suas novelas e dramas que revelam o absurdo dos clichês da sociedade e seu poder dominador"

Tem uma vasta obra, mas eu vi apenas «A Pianista», uma adaptação do seu romance com o mesmo nome. Jelinek não era muito conhecida, a visibilidade foi-lhe dada pelo Nobel.
Como os seus compatriotas Elías Canetti e Thomas Bernhard, repudiou o seu país, pelo espectro nazi. Considera também que as mulheres nunca poderão ter uma vida completa, num mundo onde são mostradas através de imagens estereotipadas.
Elfriede Jelinek, suscita ódio e admiração, da parte dos críticos e dos seus leitores. As suas obras têm sido mal aceites pela sociedade austríaca, que segundo Jelinek é uma sociedade dominada pela hipocrisia da classe burguesa, que não conseguiu superar o seu passado nazi. As suas obras, são consideradas uma autêntica provocação, para a direita do seu país, que as qualificam como anti-arte e pornografia vermelha.
A crítica qualifica-a de feminista radical e ela gosta, reivindicando a possibilidade de pôr em relevo os mecanismos de dominação masculina, a que está submetida a mulher. Jelinek afirma que quando quer dizer algo, diz, quer dar-se a esse gosto, mesmo que nada consiga, nem sequer um eco. Jelinek, não é panfletária, nem alinha em manifestações, o seu instrumento de reivindicação é a escrita.
A dias de lhe ser concedido o Nobel, a Academia Sueca viu-se envolvida numa polémica com a demissão de um dos membros, o escritor sueco Knut Ahnlund, em protesto pela
distinção.

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