«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

sábado, 7 de fevereiro de 2009

MIGUEL ÁNGEL ASTURIAS (1899-1974)


Miguel Ángel Asturias Rosales - escritor e diplomata guatemalteco.
Foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz e o Prémio Nobel da Literatura.

Era filho de dom Ernesto Asturias e María Rosales. Estudou no Instituto Nacional Central de Varones. Participou da fundação da Associación de Estudantes Unionistas e foi um dos fundadores da Universidad Popular.
Em 1904, por oposição ao ditador Manuel Estrada Cabrera, a sua família mudou-se para o interior do país, para Salamá. Estudou a sociedade e a religião Maia e traduziu o Popol Vuh, livro sagrado Quiché dos Maias. Estudou Medicina e Direito, sendo dirigente do movimento pela reforma universitária. Leccionou Antropologia na Sorbone, em Paris. Em 1942 foi eleito deputado. Mais tarde, foi nomeado embaixador em diversos países sul-americanos. Em 1954 foi para o exílio, por razões políticas. Depois da sua reabilitação, nos anos 60, seguiu a carreira diplomática, como embaixador em França.
Novelista e contista do realismo fantástico, (com influências surrealistas), o seu tema predilecto é a mitologia indígena, a própria terra e os conflitos e problemas dos agricultores, ainda submetidos ao jugo colonialista. Publicou: "Lendas da Guatemala», sobre os mitos e lendas nativas e mestiças e a sua célebre novela, "O Senhor Presidente", onde retrata um típico ditador latino-americano, com cores grotescas e burlescas, trespassando um forte conteúdo ético e social, em que a morte e a injustiça, se encontram presentes.
Para o compositor José Castañeda escreveu dois libretos para as óperas: Emulo Lipolidón e Imágenes de Nacimiento.
Hombres de maíz, é reconhecida por muitos como sua obra-prima. Novela típica do realismo mágico, onde o autor mistura a linguagem e ritmo de sua prosa aos do povo que retrata, suas crenças fantásticas, suas antigas maneiras e costumes.
Permaneceu com temas semelhantes nas suas obras seguintes, como nas polémicas novelas chamadas,
La trilogía de la república de la banana: Viento fuerte, El Papa verde e Los ojos de los enterrados.
O seu teatro é menos conhecido, mas está repleto de inconformismo e crítica social, como em Chantaje e Dique seco.

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