«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 15 de fevereiro de 2009

GÜNTER GRASS (1927-)

Este escritor tem vindo várias vezes a Portugal, mas não é um escritor que eu aprecie. Vi o filme baseado na sua obra «O Tambor», que de facto me impressionou bastante e depois li o seu livro «Mau Agoiro», que não apreciei especialmente.
Günter Grass é um intelectual alemão nascido na cidade de Danzig, posteriormente Gdansk, cuja obra alternou a actividade literária com a escultura enquanto participava de forma activa da vida pública de seu país. Ganhou o Prémio Nobel de Literatura em 1999. Também é reconhecido como um dos principais representantes do teatro do absurdo na Alemanha.
Grass estudou em Dantzig e aos 17 anos, aderiu à juventude nazista, através da Waffen-SS. Ferido na guerra (1945), foi preso em Marienbad, então Checoslováquia, e libertado no ano seguinte. Trabalhou em minas e fazendas e como aprendiz de pedreiro e estudou desenho e escultura na Academia de Arte de Düsseldorf e frequentou a Academia de Artes de Berlim.
Já escrevia poemas, lidos para um grupo de escritores influentes, mas só depois de mudar para Paris, passou a dedicar-se à literatura e publicou seu primeiro êxito como escritor, o romance de crítica social "Die Blechtrommel" (O tambor). Seguiram-se "Katz und Maus" e "Hundejahre". Também escreveu poesia e peças de teatro, como "Noch zehn Minuten bis Buffalo" e "Die Plebejer proben den Aufstand". De ideais políticos de esquerda, participou de forma activa da vida pública de seu país e provocou polémica em torno da sua produção, renovou a literatura alemã do pós-guerra por meio de textos de ironia e do grotesco, especialmente satirizando a complacente atmosfera do milagre económico da reconstrução pós-nazista.
Com uma obra que contesta, desde o início, as ideias nazistas que o atraíram na juventude, hoje é considerado o porta-voz literário da geração alemã que cresceu durante o nazismo, e descreve-se a si mesmo, como um Spätaufklärer, um devoto da iluminação numa era cansada da razão.

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