Juan Ramón Jiménez Mantecón – escritor e poeta espanhol, ganhou o Prémio Nobel de Literatura em 1956.
Por imposição do seu pai, um negociante de vinhos, estudou Direito, mas cedo teve uma inclinação para a poesia, apreciava especialmente Rubén Dario, o membro mais destacado do Modernismo.
Em 1900 publicou os seus dois primeiros livros de poesia. No ano seguinte, com a norte do pai e a ruína familiar, teve que ser hospitalizado, para ser tratado de uma depressão.
Quando regressou, foi para a sua terra natal e seguiram-se uns anos muito produtivos, de 1905 a 1912, escreveu cerca de 20 livros, a grande maioria de poesia.
Casa e faz várias viagens, a França e depois aos Estados Unidos. Estas duas situações provocam uma mudança de estilo, a partir desta data a sua poesia deixa de ser sensível, para ser mais intelectual. A obra que faz esta de marcação é «Diário de um poeta recém-casado». A poesia que irá escrever depois, será uma poesia pura, com uma lírica muito intelectual.
Lidera movimentos de renovação poética, publica em revistas, parte da sua obra em prosa, assim como publica «Os Cadernos», com a maioria dos seus textos. A partir de 1931, a sua mulher sofre os primeiros sintomas de cancro.
Devido à Guerra Civil Espanhola, vai para Washington e mais tarde esteve oito meses hospitalizado, devido a uma depressão. Em 1950 parte para Porto Rico, dando aulas na Universidade. Quando recebe o Prémio Nobel está exilado em Porto Rico e o prémio é recebido por uma pessoa amiga. Anos mais tarde morre e o seu corpo é transladado para Espanha.
A sua poesia busca conhecer a verdade e desta maneira alcançar a eternidade. O essencial é a beleza. Para o poeta a poesia é uma fonte de conhecimento, para captar as coisas. A sua poesia é panteísta, exacta e precisa. Os temas são o amor e a realidade. A sua terra natal também foi uma grande fonte de inspiração.
"Te llevaré Moguer a todos los lugares y a todos los tiempos, serás por mí, pobre pueblo mío, a despecho de los logreros, inmortal".
“Te he dicho Platero que el alma de Moguer es el vino, ¿verdad?. No; el alma de Moguer es el pan. Moguer es igual que un pan de trigo, blanco por dentro como el migajón, y dorado en torno -¡oh sol moreno!- como la blanda corteza”.
Não sou grande conhecedora da obra poética de Juan Ramón, mas li um dos seus livros, do qual gostei bastante, está dentro dos livros marcantes e que é, PLATERO E EU.
[PLATERO E EU (1914), é o seu livro mais popular, escrito numa esplêndida prosa, que suavemente leva o leitor a um cuidadoso retábulo de imagens poéticas. Platero es pequeño, peludo, suave; tan blando por fuera, que se diría todo de algodón, que no lleva huesos. Sólo los espejos de azabache de sus ojos son duros cual dos escarabajos de cristal negro].
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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