«Vocês sabem o que significa amar a humanidade? Significa apenas isto: estar satisfeito consigo mesmo. Quando alguém está satisfeito consigo mesmo, ama a humanidade. » Pirandello

domingo, 1 de fevereiro de 2009

ODISSEIA DE HOMERO


Odisseia, é um dos principais poemas épicos dos antigos gregos. Foi composto em 24 cantos e é atribuído, tal como a Ilíada, a Homero. Teria sido escrito provavelmente no fim do século VIII a.C., em algum ponto da Jônia, região situada na costa da actual Turquia, habitada então por gregos.
O poema é parte fundamental do cânone ocidental, e continua a ser lido hoje em dia, tanto no grego homérico em que foi escrito, como em traduções, para os mais diversos idiomas do mundo. A obra foi composta e transmitida oralmente, na tradição local, cantada por um aedo. Os detalhes da antiga execução oral do poema e a sua conversão para o formato escrito, têm despertado um debate contínuo entre os estudiosos. A Odisseia foi escrita num dialecto "poético" do grego antigo, que não pertence a qualquer região geográfica, e compreende 12.110 linhas de versos. Entre os elementos mais notáveis do texto, está a sua trama não-linear e o facto de que os acontecimentos são mostrados, como sendo igualmente influenciados, tanto pelas escolhas feitas por mulheres e servos, como pelas acções dos heróis. O termo "odisseia" veio a servir, na maioria dos idiomas ocidentais, para definir qualquer tipo de viagem ou jornada épica.


O poema é de certa maneira, uma continuação da Ilíada e centra-se principalmente no herói grego Odisseu (ou Ulisses), e na sua longa viagem de dez anos, para voltar a Ítaca, o seu lar, após participar pelo exército grego, da Guerra de Tróia, (guerra que é, em parte, narrada na Ilíada). Muitos dos heróis da guerra de Tróia, como Menelau, cuja esposa – a princesa Helena de Esparta – havia sido raptada por Páris (originando-se assim a guerra), já regressaram à Grécia. (Tróia ficava na costa jônica, actual Turquia). Mas Odisseu teve muitas dificuldades em chegar à sua terra, pois após sair de Ísmaros (primeira cidade no caminho para a sua pátria), envolveu-se numa tempestade, que o afastou do seu destino. Entretanto, os pretendentes de Penélope (esposa de Odisseu) acumularam-se e esperam que ela se decida a casar de novo. Ao esperarem, vão gastando a fortuna de Odisseu em banquetes. Penélope, esperançosa de que seu marido retorne, vai protelando a escolha de um dos pretendentes (por vezes ardilosamente, como na célebre fiação do bordado mortalha, na qual lhes diz que quando acabar, escolherá um dos pretendentes, mas de noite desfaz o que fez de dia). Odisseu, tentando retornar, erra pelo mar durante dez anos, encontra seres muito estranhos e perigosos. Até que é recebido no país dos Feácios, (conhecidos por serem exímios marinheiros) a quem conta as suas aventuras. Acaba por conseguir regressar a Ítaca. Prepara tudo para massacrar os pretendentes, o que faz com a ajuda do seu filho Telémaco.

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